11 de fev. de 2011

DAVID COIMBRA E A BÁRIL.

Na ZH de hoje, David Coimbra começa a contar suas experiências durante 30 dias em um condomínio fechado. Será o do anúncio ao lado? A cobertura é patrocinada pela Báril, o que nos deixa duas opções de condomínio: Las Palmas ou Pacific. Alguém viu o David pela piscina? As experiências serão relatadas às sextas, sábados e domingos.


VIDA DE CONDOMÍNIO.

Sim, senhor.

Eu e essa pauta fomos feitos um para o outro. Finalmente estão me repassando tarefas para as quais me preparei a vida inteira. Tenho vários projetos desse quilate. Um dia algum editor de luzes vai aprovar uma proposta que faço há décadas: a trepidante reportagem “Vida de rico”.

A ideia é contar ao ávido leitor como vive um magnata. Para tal, eu iria bravamente a campo, como um destemido correspondente de guerra vai para o front. Moraria num palácio da Ilê Saint-Louis, na coronária mais pulsante do coração de Paris; mataria minha sede antiga com Romanée Conti; escovaria os dentes com Cristal Chandon; seria alimentado por cozinhas agraciadas com três estrelas do Guia Michelin; frequentaria as festas em que ondulam Paris Hilton, Megan Fox e Natalie Portman, elas dentro de suas minúsculas minissaias, eu dentro dos meus ternos de 10 mil euros; e faria meus deslocamentos aboletado em bancos de couro de Rolls-Royces. Essa seria a minha vida por meses, anos e, por que não?, décadas.

Quem não gostaria de saber como é esse mundo exclusivo? Vida de pobre todo mundo sabe como é. Milhares de jornalistas já a descreveram em minúcias e continuam descrevendo-a todos os dias. Além disso, a maioria da população leva vida de pobre. Mas vida de rico... Os ricos são poucos, e os verdadeiramente ricos são discretos como Luis Fernandos Verissimos.

Pois bem, estou disposto a enfrentar as agruras dos bilionários. O tédio de jamais ter de trabalhar, a desilusão de descobrir que as mulheres mais exuberantes e desejadas podem ser fáceis, os perigos da adulação, o drama de consciência quando se degusta um patê de foie gras e se sabe que gansos sofreram para que eu me deleite. A solidão da primeira classe.

Alguém tem de contar tudo isso.

Eu sou o homem certo para essa pedregosa missão.

Caso haja demora na aprovação da pauta “Vida de rico”, tenho outra que talvez seja mais em conta. Trata-se de uma matéria típica da National Geographic. Você sabe que a National Geographic paga seus repórteres para contar pormenores da vida animal. Um sujeito passa dois anos na África estudando os gnus. Acompanha as manadas de gnus pelas savanas, bota nome numa mamãe gnu e filma seu parto e testemunha quando o leão lhe devora os filhotes. Enquanto isso, outro repórter dedica meia década da sua vida para relatar as minudências da rotina dos dragões de Comodo. E um terceiro atravessa o verão nas Ilhas Malvinas para flagrar um bebê de leão-marinho ser mastigado por uma família de orcas assassinas. Mas nunca ninguém contou tudo, eu disse TUDO, acerca das belas mulheres, vulgarmente conhecidas como “gostosas”, mas que eu aqui, temendo ferir a pudicícia dos leitores, tratarei apenas como “beldades”.

Pois bem. Sou um voluntário para essa reportagem. Como vivem as beldades? Do que se alimentam? De onde vêm? Para onde vão? Seria preciso conviver com elas. Partilhar do seu hábitat. Analisar detidamente suas pernas sinuosas debaixo de seus sumários shortinhos.

As pessoas estão sequiosas para descobrir por que as beldades se movem em grupo, por exemplo. Sim, porque elas são gregárias. Pegue o bar da moda. O bar da moda só entrou na moda porque é frequentado pelas beldades. Mas como ele passou a ser frequentado pelas beldades? Por que elas decidiram ir para lá? Ninguém sabe. O fato é que elas vão para aquele bar, passam um tempo indo àquele bar e, de repente, vão-se embora. Você vai àquele bar que era frequentado pelas beldades na semana passada e agora não há mais nenhuma por ali. Você só encontra as médias. As beldades foram para outro bar. Como se deu isso? Como elas decidiram a mudança? Comunicaram-se por algum grupo de e-mail secreto? Será necessário um afanoso trabalho de reportagem para desvendar esses mistérios. Imodestamente, creio ser capaz de tocar tal empreitada.

Mas não agora. Agora vou contar aos leitores como é a vida em um condomínio fechado na orla. Será uma vida de luxo e ostentação, como espero encontrar na pauta “Vida de Rico”? Será um lugar repleto de beldades, como as que um dia estudarei por encomenda da National Geographic? Já me disseram que é como a vida no Interior. Ou como era a vida que vivi na infância, em meio às entranhas do subúrbio porto-alegrense.

Será?

Descobrirei.

2 comentários:

Carol disse...

Grandes chances de ser. Não temos casas com piscinas e afins, realmente usamos as áreas comuns do condimínio.
Agora e esse PARADOURO da propaganda? OI? Barracas e cadeiras, ponto.

Anônimo disse...

Olá blogueiro,somos Hermosavizinhos e ficamos sabendo no plantão do Casa Hermosa após uma conversa com o Daniel da Báril que o David coimbra foi convidado pela Báril para ficar hospedado no pacific.Ele teria sido hospedado na casa decorada.Aproveitamos para lhe perguntar se está informado sobre preços de aluguéis no Pacific.Se puder nos dar um retorno o email é naiarademarco@hotmail.com
Obrigada,Naiara Demarco.

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