11 de abr. de 2009


QUEM CASA QUER CASAS

Casas sempre me fascinaram. Cantos, ambientes, lugares aconchegantes e com personalidade. Lembro bem uma fase que passei a ter um quarto só meu. Era uma liberdade para criar, montar, colocar a cama em todos os sentidos possíveis naqueles metros quadrados.

Como um bom escorpião, aprendi a curtir meus "cantos". Do quarto de solteiro, ainda na casa dos pais, pulei direto para uma nova casa de casado. Foi uma troca e tanto. Os pequenos metros quadrados saltaram para um apartamento de dois quartos de uma pequena cobertura, troca de gás, conta de luz, telefone e reunião de condomínio. Mudou muito.

Foi lá que Letícia e eu exercitamos muito nosso gosto pela casa. Era um apartamento modesto e pequeno, porém com uma área de cobertura bastante ampla que muito acolheu momentos com amigos e familiares. Um "andar de cima" aconchegante, com direito a piscina de plástico e "salamandra" para queimar muita lenha nos rigorosos invernos.

Nunca esqueceremos. Foi lá que Laura chegou num fevereiro de muito calor. Foi lá que conhecemos a vida dos morcegos em nosso telhado. E também foi lá que os dias de chuva eram sinônimo de preocupação constante. Entre tantos problemas, foi lá que passamos uns oito anos dos nossos doze de casados. 

A vida passa. Vez por outra passamos pela Zona Norte e lembramos do nosso começo de vida. Acho que ainda estamos começando, mas lá se vão os sete anos da Laura que chegou para formar esse trio que hoje mora no Bairro Rio Branco, nos altos da Santa Cecília. Por aqui não tem morcego e os dias de chuva forte não nos deixam mais correndo com baldes para as goteiras. Mas aqui o vento sopra forte quase sempre. O lugar é alto e tem uma vista "invejável".

Adoramos nossa casa. Sempre estamos ajeitando uma coisa que outra. Afinal, casa sempre tem uma lâmpada pra trocar, um piso que estragou, um mesinha de canto que faz falta ou uma cortina na área de serviço.

Acho que gostar de casa e das coisas que nela se coloca é um sinal de gosto pela vida, de calor humano, de quebra de rotina. Adoro chegar em casa. E quem não gosta? A casa é o ponto final do seu dia. É um colo, um abraço, um bom banho, um lençol limpinho, uma jantinha, um livro na cabeceira, um abraço de filho na porta.

Adoro a minha casa. E o que dizer quando estamos torcendo para a segunda casa de nossas vidas ficar pronta logo? Que privilégio! Que felicidade! E lá vem mais prego na parede, troca de lâmpada e escolha de cor de parede. Que venha logo!!!!! Benza Deus.


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