19 de jan. de 2011

TEXTO DO DAVID COIMBRA NA ZH DE HOJE.




O conselho da praiana que passa

Gostaria de ser um matutino. Despertar com os primeiros raios do sol, sentir o cheiro do café passado, ouvir os passarinhos cantando e o Macedão falando na Gaúcha. Tomar um mate e pensar. Li um dia, acho que quem escreveu foi o Simões Lopes, que tomar mate ajuda o gaúcho a pensar, e é isso que é. Fosse eu um matutino, matearia e pensaria. Seria muito mais inteligente.

Mas não sou um matutino. Sou um noctívago. Durmo tarde. Vou-me madrugadas adentro.

Só que ontem, não. Ontem, acordei cedo. Ao menos sete horas, para mim, é cedo. E lá estava eu, desperto e alerta feito um escoteiro, ouvindo as cotovias chilreando e lendo a Zero Hora, que transferi para a Orla.

Então deparei com a notícia de que o Scliar havia sofrido um AVC. Olhei para o dia que se esparramava sobre os paralelepípedos, do outro lado da varanda. Fazia o que Steinbeck chamaria de uma manhã enfarruscada. Vento forte, céu cinza-chumbo, uma terça-feira invernal na Orla.

Pensei, com certa melancolia, que o Scliar é um ser humano que torce a favor. Como é raro isso. O amigo de verdade, sim. O amigo de verdade é um pouco como mãe: o apoio que vem dele é incondicional. Ele, a priori, defende: se o amigo fez o que fez, é por ter motivo.

Agora, se o amigo não defende, se é malicioso, se vibra com um eventual revés, ele não é amigo.

A maioria, como se sabe, não é amiga.

O Scliar, não posso dizer que ele seja meu íntimo. Damo-nos bem, conversamos volta e meia, mas não nos frequentamos. Porém, o Scliar é um caso raro de ausência de malícia e de apoio constante. É um homem generoso, que está sempre sorrindo, sempre a favor.

Tomei café pensando nisso, torcendo a favor do Scliar. Então, vi no horizonte réstias de céu azul-claro. Não daria praia, claro que não, mas o vento amainara e talvez estivesse ideal para uma vigorosa caminhada pela areia, 10 quilômetros ida e volta de Xangri-lá a Capão, passando pelas amenidades de Atlântida.

Foi o que fiz. Lá pelas 10h, marchei para a praia. Ao chegar às proximidades do mar, percebi que o azul do céu já estava mais desvelado. Para minha surpresa, a praia não estava vazia. Ao contrário, todos tiveram a mesma ideia. Nós, praianos, saímos para caminhar nessa manhã de terça de quase chuva, quase inverno, quase frio.

Aí cruzei por uma jovem senhora que brincou:

– E aí, praiano!

Acenei de volta. Logo em seguida passou um correndo e gritou:

– Vi duas Jôs lá atrás! No Villa!

Ri para ele. E um casal que vinha no sentido contrário capturou o meu sorriso, e riram em retribuição, e ela ensinou:

– Tem que sorrir para o mundo, David!

Sorrir para o mundo. Aquilo foi tão sábio. Encheu-me de alegria. E lá atrás do mar o sol enfiou seus raios por entre as nuvens e o dia ficou bonito, bonito. Tanto que lembrei: estou sem protetor, melhor voltar. Voltei depressa para não queimar a pele branquicela. Cheguei em casa me sentindo bem e outra vez pensei no Scliar. Ele seria capaz de dizer isso a alguém que passa: tem que sorrir para o mundo!

E tem mesmo.

Passei o dia sorrindo para o mundo. Ainda que o dia voltasse a enfarruscar, como voltou. Ainda que se desmanchasse em chuva contínua, como se desmanchou. Sorri. Em homenagem aos leitores praianos que sorriram para mim. Em homenagem ao Scliar que está sempre a sorrir.

18 de jan. de 2011

A CASA É NOSSA!

AS CHAVES ESTÃO NO BOLSO.


As chaves não são mais tão preciosas assim. Recebemos nessa segunda-feira, 17 de janeiro de 2011, conforme a "última" promessa da Báril. Daqui pra frente esperamos só alegrias. Como disse a Letícia: No final da tarde, passei a chave na porta e fechei as janelas. Sensação de “minha casa”!

11 de jan. de 2011

17 DE JANEIRO DE 2011. O DIA DA CHAVE.

SERÁ A FALTA DE CHUVA?






Se a falta de chuva for a responsável pelo lago do Pacific estar assim, significa que teremos que torcer para que nosso verão seja chuvoso para termos um lago decente?

Fotos obtidas no dia 08 de janeiro de 2010.

AMIGOS DE ATLÂNTIDA.

Leia o blog do jornalista Jorge Loeffler e veja na íntegra o texto desesperado de um veranista de Atlântida falando e mostrando o descaso na infra-estrutura de uma das praias mais badaladas no nosso litoral.



Vale lembrar que o descaso da população mal educada também faz piorar a situação da infra-estrutura. Se não há lixo suficiente nas praias, leve o seu pra casa. A natureza não merece tanta falta de educação.
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